quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Aquela Sensação Estranha

Um pouco de Oiticica.

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Aquela Sensação estranha

Fazia calor na rua, por isso haviam dois ventiladores ligados jogando ar fresco nos dois corpos. Ele se despia e a despia, uma peça de cada um por vez, ele tirava a blusa dela a deixando somente de sutiã, em seguida tirava a sua camisa também, tocava os ombros dela e lhe tirava seu sutiã, a deitava na cama e subia por cima dela. Encostavam os dois peitos nus um no outro, ela mais ofegante que ele. Lhe beijava o pescoço, descia sua mão até o interior da calça, com delicadeza colocava os dedos dentro da calcinha e sentia o calor que vinha dali. Soltava o botão da calça jeans, segurava pelas pontas e a retirava. Podia ver ela nua, só de calcinha, uma calcinha branca. A barriga fazia um pequeno volume, beijava a barriga. Atravessou sua mão acariciando dos joelhos até a cintura, passando sua mão por debaixo da calcinha, segurou e a deixou nua. Os dois corpos estavam nus. O quarto era num prédio de frente a um terreno com longo espaço até o outro prédio, as cortinas estavam mal fechadas e a janela permanecia aberta, por ali entrava um vento que era mais fresco que o que sai dos ventiladores, que mais jogavam um vento quente.

O clima estava ótimo, isso não se podia negar, o nervosismo era alto, mas não pensavam muito nisso agora. Ele pega o preservativo, veste. Se aproxima dela, que lhe virava o rosto, mas mesmo assim, com sua delicada mão ajudava-o a penetrar. Ela fez uma cara de relativa dor, como se tivesse levado uma fisgada, ele lembrou que ela era virgem. Sussurrou em seus ouvidos para deixar entrar tudo, que iria doer mais no começo, mas depois seria melhor. Ela deixa, ele vai penetrando tudo, até não poder mais. Quando termina fica um pouco parado, deixando o pau lá dentro, para ela se acostumar. Não muito, pois estava muito ansioso para começar o movimento de ir para frente e para trás. Nos primeiros segundos ela faz uma careta, mas logo se percebe que relaxou. Ela abre bem suas pernas, para que ele pudesse penetrar mais fundo, se esforça para não a decepcionar. Ela lhe abraça, ele a abraça também. A comprimia contra seu corpo, sentia o vento quente do ventilador em sua bunda, e a brisa fresca que vinha das árvores ali próximas em seu rosto. Ela ainda evitava de lhe virar o rosto, mas assim que era impossível manter essa frieza, ela vira o rosto e o olha, fecha os olhos e o olha, constantemente. Passa a mão nas costas dele, começa a enfiar as unhas nas costas dele, mas desiste. Ele sente ela relaxar, ficar mais mole, faz os movimentos mais um pouco e como que num jorro deixa sair tudo, em três jorros grandes e seguidos. Ela dá um leve sorriso ao sentir aquele jorro. Ele claro, instintivamente sorri um sorriso sincero e inevitável, rápido, mas inevitável.

Ele tira seu pinto de dentro dela, tira o preservativo cheio de porra por dentro e com porra dela por fora. Fora estranho, podia perceber que ela era virgem, dava para ver, e ela já havia lhe contado isto uma vez, mas não havia saído sangue. Também conhecia sua vida pessoal, e sabia que esta era a primeira vez. Não se tocaram mais depois que terminaram. Ela se enrolou no lençol da cama e ele se vestiu. Ele sentou na beirada da cama e ela ficou encolhida num canto da cama. “Acho que não deveríamos ter feito isto”, ela consentiu falando um “é” sussurrado. Ambos de cabeça baixa devido a sensação de culpa. Ela era amiga de longa data de sua namorada, ele e ela que a poucos instantes haviam trocado fluidos, se conheciam a pouco mais de um ano, e sempre se passava algo como que uma energia entre eles, uma energia que os impedia de se tocarem, faziam alguns minutos que haviam rompido com toda esta energia. “Acho que eu deveria ir embora”, e novamente ela consente com seu “é” sussurrado. Ele ficou de pé, ainda alguns instantes, voltou até ela e sentou-se próximo a ela e lhe abraçou, forte. Foi muito mais por solidariedade, pois os dois agora se sentiam mal, a sensação era tremendamente esquisita. Ficaram assim alguns minutos, ele deu um beijo no rosto dela, ela deu um beijo no rosto dele e foi embora, antes que tudo aquilo pudesse se tornar uma tortura.

Basicamente não sabia como aquilo acontecera, os dois se encontraram por acaso em um café perto do apartamento dela, conversaram, ela o convidou, ele prontamente aceitou, queriam economizar um pouco pois o café era caro, além de tudo estava cheio, e não queriam multidões. Alguém poderia dizer que ambos já sabiam o que iriam fazer, por isso evitar testemunhas? Certamente seria uma tarefa forçosa procurar quem entre os dois era o culpado, assim como seria simplista culpar os dois. Muito menos podemos culpar a namorada dele afirmando que ele cometeu o ato libidinoso pois ela não lhe dava o devido carinho. O fato certeiro nisto tudo é que nenhuma das três opções seria certeira, ambas necessitariam de um esforço para crer e uma cegueira para não enxergar outros fatos além desses três.

Apenas quando ele chegou em casa que se lembrou que sua namorada estava de viajem, fora conhecer Santiago e algumas estações de esqui no Chile. Ficaria duas semanas fora. O topor era tal desde que havia encontrado aquela que a poucas horas chamaria apenas de amiga, que havia esquecido completamente desse fato. Agora somente pensava nas duas mulheres. Comeu pouco, menos da metade do que estava acostumado. Foi cedo para a cama, não sentia vontade de mais nada, ficou deitado em sua cama, no escuro, até adormecer.

Dois dias depois do que havia acontecido ela lhe liga:

- Eu acho que nós deveríamos conversar. Esclarecer para nós dois isso que aconteceu.

- Eu estava pensando na mesma coisa, por pouco que não lhe liguei antes de você ligar para mim. Penso que tudo isto seja de uma urgência enorme para nós.

- é, podes vir aqui em minha casa, ou preferes que eu vá na sua?

- Eu vou na sua.

- Okay, estarei te esperando.

Ele vestiu uma roupa, já que estava de cueca, fazia calor. Olhou que horas eram, 15:02. comeu algo insignificante, pois não conseguia comer muito e foi para a casa dela.

Tocou o interfone, ela logo atendeu e lhe abriu. Pegou o elevador, subiu até o andar dela, caminhou tranquilamente, olhou para baixo, era alto. Tocou a campainha do apartamento dela. Dessa vez demorou um pouco mais. Ela abriu, vestia um shorts curto com uma camiseta regata um tanto quanto folgada, dava para ver que ela estava vestida como quem fica em casa. Ela lhe abre a porta, ambos sorriem discretamente, ela se vira e vai andando em frente, arrastando seus pés. Ele fecha a porta que ficou aberta atrás dele, assim que faz isso, não se sabe quem tomou esta atitude por primeiro, deram um beijo rápido na boca um do outro. Foram até a sala. Sentaram no sofá, dessa vez sem medo de se tocarem. Não conversam uma palavra desde que ele havia tocado o interfone. Ele põem sua mão por cima da coxa dela, que ficava amostra devido ao shorts curto. Dão um beijo um no outro, se abraçam, pegando carinhosamente pela nuca dela, se beijam longamente. Em seguida ele sobe por cima dela, lhe beija o pescoço, sem lhe tirar a camisa, lhe beija também o busto. Ela lhe retribui com alguns poucos beijos, pois estava entretida com os muitos beijos que recebia. Ele tira a sua camiseta e logo em seguida a regata que ela usava. Não tinha sutiã, o que ele já havia percebido quando ela abrira a porta e pode ver os bicos marcando a camisa. Beija os seios dela, eram redondos, cabiam perfeitamente na palma da mão. Em segundos estão os dois pelados trocando carícias no sofá, ele a beijava, acariciava a vagina dela com os dedos de leve, só para vela sentir cócegas, ela lhe masturbava um pouco o pau e beijava o busto dele nos momentos em que ele subia um pouco seu corpo para lhe esfregar o pênis pela barriga. Vão correndo e rindo para o quarto, ela na frente, e ela atrás, dando beliscões na sua bunda. De pronto ela se atira na cama, escondendo-se debaixo dos lençóis, o que diga-se de passagem, era pouco eficiente num lençol branco onde se refletia o sol. O vento que vinha da janela era o típico vento fresco que vêm do rio. Ele sobe pro cima dela, ela já lhe abria as pernas e puxava o seu pênis para encaixá-lo dentro dela, “vire de costas”, ele lhe pede, ela faz uma cara de felicidade e lhe pergunta “porque?”, ele nada responde, lhe beija as costas depois as duas nádegas, redondas, quase que perfeitas. Ele encaixa seu pau dentro da vagina dela e começa a fazer os movimentos de ir para frente e para trás. Logo dava para ouvir o barulho gerado pela pélvis dele batendo nas nádegas dela “plec, plec, ploc, plec, ploc, ploc”, ela sorria e ele ficava a se concentrar como podia para não gozar antes da hora. Ele sente o corpo dela ficar mole, sente ela tremer um pouco e ficar mole, alguns instantes depois ele goza. Deixa seu corpo cair por cima do dela, fica deitado por cima dela, sem tirar o pinto de lá de dentro, a camisinha cheia de esperma por dentro e coisas brancas por fora, agora lubrificada como nunca. Os dois corpos estavam só um pouco suados, o dele mais é claro, por isso ele logo saiu e foi até o banheiro livrar-se da camisinha e limpar o pau. Na volta liga dos dois ventiladores e vai se deitar com ela na cama. Desta vez ficam juntos, abraçam-se, fazem cafuné um no outro, trocam carícias, e dormem. Mais tarde acordam, pedem comida pelo telefone, abrem umas cervejas que tinham ali, pois estava muito quente para vinho, fazem um pouco de digestão vendo televisão, e voltam para a cama, transam mais uma vez, deixando ela ir por cima dele tendo o controle do sexo, e dormem. Ele dormiu lá até o outro dia.

Fizeram este ritual regularmente até a namorada dele voltar, depois apenas mais uma ou duas vezes se viram, então como que sem conversarem, param de se ver. O principal fator deve ter sido que ele conseguiu um bom emprego, o que lhe ocupava muito de seu tempo, e como gostava muito de sua namorada, preferia ficar com ela o pouco tempo que tinha. Ela também havia conseguido um bom emprego, logo depois dele. Aconteceu tudo até ali de uma forma inesperada. A namorada dele e ela já não se viam mais tanto, o que colaborou, até a encontraram uma vez na rua, conversaram alguns minutos e ficou por aquilo, ele e ela ficaram tranqüilos. Nunca mais se viram ou se falaram. O sentimento de culpa dele duraram algumas semanas, pouco mais de um mês, logo ele esqueceu tudo, fez um trabalho mental durante todo aquele tempo onde se esforçava em crer que tudo aquilo fora uma farsa, uma criação imaginativa de sua mente. Se focou tão fortemente nisto que realmente se confundia por horas, até que simplesmente deixou de acreditar naquilo e logo esquecera de tudo aquilo.

Mais de um ano depois, em plena alta estação do verão, ele e sua namorada foram a uma festa na piscina que um de seus amigos havia preparado. Estavam todos lá, todos do círculo íntimo dele estavam lá. Para a surpresa dele, ela também estava lá, de biquíni branco, o que o lembrou da calcinha que ela usava na primeira vez que transaram. Ela estava diferente desde a época em que haviam feito amor proibido. Ela era muito mais reclusa fisicamente, provavelmente não iria usar biquíni numa festa na piscina, muito menos de sentir tão livre usando tão pouco na frente de todos, ela o viu, não fez manifestação alguma de que o viu, mas olharam-se olho no olho. Ela deitou na borda da piscina, quebrando os joelhos na borda, cobrindo os pés com a água. Delicadamente ela passava a ponta do dedo, até onde fica mais o menos a unha, pela parte de baixo de seu biquíni, o levantando um pouco, dando a ele o que imaginar e a se lembrar do que havia ali embaixo daquele biquíni branco. Ela agora era muito mais desinibida do que antes, certamente havia conhecido pelo menos mais algum cara além ele. O sentimento de culpa o atacou, se sentiu confuso, forçava-se por não se lembrar o que havia acontecido. Se um ano atrás ela era que se sentia reclusa ao vê-lo, agora ele se sentia assim

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