Talvez
eu só queira você, já nem sei, não tenho ideia, a dúvida é o
que me toca, me envolve, me faz, me deixa em algum lugar.
Já
não tenho mais esperança, de algum dia te encontrar, de ficarmos
juntos, beijar.
Sei
que o que foi será, nada regressa, nada volta, o que importa é o
que está, mesmo que isso me mate, machuque e doa a cada segundo.
Não
posso obrigar, não posso nem quero, obrigação nunca foi algo
sincero.
Sei
que tudo passa e é passível mudar, mas tem coisas que matam e me
deixam péssimo, você como ninguém conseguiu chegar lá.
E
eu não sei como dizer, nem como falar. Mas tudo bem, você vive ai e
eu lá.
Se
cada segundo importasse como deve importar, eu nunca te deixaria,
talvez tu também nunca iria me deixar.
Coisas
mudam com o tempo, o tempo machuca e feridas custam a sarar.
Mas
nada disso é novo, sempre posso continuar.
Houve
um tempo numa vez, em que a ti tudo pude entregar, por mais que eu
experimente, como tu nunca ei de encontrar.
Meu
amor é sempre sincero, feito minha dor, não despreze, não ignore,
me trate bem embora eu chore.
Rimas
pobres, sem sentido... encurralado, perdido...
Você
meu bem, será sempre lembrada, por mais que eu finja, ignore ou faça
falácia.
O
fim é o que mais dói, saber que algo tão belo, não pode mais
continuar.
Minha dor afinal, não está na distância, mas no terminar.
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